Além do bloqueio total, haverá restrições adicionais para visitantes de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira a proibição de entrada de cidadãos de uma dúzia de países nos Estados Unidos, ressuscitando uma política controversa adotada no seu primeiro mandato. Segundo o decreto, a medida ará a valer a partir da próxima segunda-feira.
Os países incluídos são Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.

Além da proibição total, haverá restrições adicionais para cidadãos de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
“Preciso agir para proteger a segurança nacional e o interesse nacional dos Estados Unidos e de seu povo”, disse Trump no decreto.
Cuba é um “patrocinador do terrorismo” e seu governo “não coopera nem compartilha informação suficiente” com os Estados Unidos, além de se negar “historicamente a reitir seus nacionais” expulsos, diz o texto. A Venezuela, por sua vez, “carece de uma autoridade central competente ou cooperativa para emitir aportes ou documentos civis e não conta com medidas adequadas de revisão e verificação”, afirma o documento, que também acusa o país de rejeitar “historicamente” os venezuelanos expulsos.
Segundo o republicano, o veto foi motivado pelo atentado que ocorreu no último domingo em Colorado, quando um cidadão egípcio feriu dezenas de pessoas com um lança-chamas improvisado durante uma manifestação em memória dos reféns israelenses em Gaza. O homem estava em situação irregular nos EUA após ter continuado no país com um visto de turismo vencido.
— O recente ataque terrorista em Boulder, Colorado, evidenciou os perigos extremos que representa a entrada de cidadãos estrangeiros que não foram devidamente verificados — disse Trump em uma mensagem em vídeo.
Apesar da motivação, o Egito — com quem os EUA possuem laços estratégicos para a sua posição no Oriente Médio — não foi incluído no veto.
A lista divulgada nesta quarta-feira é resultado de um decreto assinado por Trump na sua posse, em 20 de janeiro, que exigiu que os departamentos de Estado e de Segurança Interna, além do Diretor de Inteligência Nacional, elaborassem um relatório sobre países com “atitudes hostis” em relação aos EUA, analisando se a entrada de pessoas de certos países representava um risco à segurança nacional.
Por O Globo e agências internacionais — Washington